terça-feira, 16 de novembro de 2010

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

SARAU POÉTICO

Oi, pessoal,
Veja como ficaram lindas as fotos do
Sarau. Entre no blog e divirta-se.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

II SARAU POÉTICO DA ETEJK

ATENÇÃO!!!!!!!!!
NO PRÓXIMO DIA 28 DE SETEMBRO DE 2010, REALIZAREMOS O NOSSO II SARAU POÉTICO,
DESTA VEZ, O ENCONTRO ACONTECERÁ A PARTIR DAS 18H PARA QUE OS ALUNOS DO CURSO NOTURNO
TAMBÉM POSSAM PARTICIPAR.
PARTICIPEM!!!!!
VENHAM TODOS PRESTIGIAR ESTE EVENTO.

“HÁ MUITAS RAZÕES PARA DUVIDAR E UMA SÓ PARA CRER"
Carlos Drummond de Andrade

“ENCOSTEI-ME ALI POR ALGUM TEMPO, FITANDO A NOITE, DEIXANDO-ME IR A UMA CAPITULAÇÃO DA VIDA, A VER SE DESCANSAVA DA DOR PRESENTE.”
Machado de Assis

“TUDO VALE A PENA, SE ALMA NÃO É PEQUENA”“Poemas escolhidos”
Fernando Pessoa

“O VALOR DAS COISAS NÃO ESTÁ NO TEMPO QUE ELAS DURAM, MAS NA INTENSIDADE COM QUE ACONTECEM.”Fernando Sabino

“SIGA TEU DESTINO, REGUE AS PLANTAS, AMA AS TUAS ROSAS, O RESTO É A SOMBRA DAS ÁRVORES ALHEIAS”.Fernando Pessoa

sábado, 22 de maio de 2010

quarta-feira, 12 de maio de 2010

terça-feira, 11 de maio de 2010

segunda-feira, 26 de abril de 2010

terça-feira, 13 de abril de 2010

Carlos Drummond de Andrade



Cortar o tempo

Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.

Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.

Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente

Carlos Drummond de Andrade

As sem Razões do Amor

As sem-razões do amor
Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no elipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.

Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 12 de abril de 2010

2010: Centenário de Rachel de Queiroz


Mulher, nordestina, cearense, escritora. Rachel de Queiroz natural de Fortaleza, nasceu dia 17 de novembro de 1910. Uma das maiores escritoras do Brasil, foi a primeira mulher a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras.

Filha de Daniel de Queiroz e de Clotilde Franklin de Queiroz e prima de José de Alencar. Seu pai um homem estudado, sempre a fez está em meio a leitura, com isso Raquel logo aprendeu a ler aos cinco anos.

Apesar de ter nascido em Fortaleza, era em Quixadá, Sertão Central do Ceará, onde sua família tinha raiz. O pai era Juiz de Direito da cidade, mas, logo teve que deixar a terra dos Monólitos, foi promovido a promotor, retornando a Capital.

Mesmo vindo de uma família de posses, a vida naquela época não era fácil pra ninguém, a única alternativa foi fugir dos horrores da seca. No ano 1917, Rachel e sua família tiveram que deixar o Ceará e mudar-se para o Rio de Janeiro, em busca de uma vida melhor.

Com o passar do tempo, já era hora de voltar para a terra natal. A cidade de Guaramiranga foi à escolhida para o seu retorno ao Ceará e em seguida novamente para Quixadá. Quando chega a cidade Rachel é matriculada no curso normal, como interna do Colégio Imaculada Conceição. Com o habito de ler diariamente, ela acaba sendo estimulada a fazer seus primeiros escritos.

Seus primeiros escritos impresso foram para o Jornal “O Ceará”, no ano de 1927. O convite para o jornal surgiu após escrever uma carta ironizando o concurso "Rainha dos Estudantes". Como era comum aos escritores da época o uso de pseudônimo, Rachel utilizava o de "Rita de Queluz”. Curioso é que no ano seguinte ela foi eleita “Rainha da Escola”.

Três anos depois Rachel passa por problemas de saúde, fazendo-a ficar mais resguardada em repouso. Isto não deixou a escritora desmotivada, pelo contrário, ela busca força e escreve "O Quinze", romance de fundo social que fala sobre a seca, livro este que a transforma em uma personalidade no mundo da literatura brasileira.

Mesmo com todo o sucesso do seu primeiro livro, não foi fácil para a escritora continuar a publicar suas obras. Prova disso foi o seu segundo romance, "João Miguel". Quase para ser editado foi informada de que seu livro não seria aprovado pelo Partido Comunista, do qual fazia parte.

Nos anos seguintes, Rachel de Queiroz se torna mais conhecida e faz várias publicações no intervalo entre 1937 e 1953; romances como "Caminho de Pedras", lançado no Rio de Janeiro, pela editora José Olympio; "As Três Marias", 1939; "A Donzela e a Moura Torta”, 1948. No ano de 1950, escreve em quarenta edições da revista "O Cruzeiro" o folhetim "O Galo de Ouro".

Em 1953, escreve sua primeira de teatro: "Lampião", que foi montada no Teatro Municipal do Rio de Janeiro e no Teatro Leopoldo Fróes, em São Paulo.

No ano de 1957, recebe da Academia Brasileira de Letras, o Prêmio Machado de Assis. Em reconhecimento à suas obras e contribuições para a literatura nacional. Seria esse o seu primeiro contato com a academia, que após nove anos a elegeria por 23 votos a 15, a primeira mulher a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras.

Suas produções literárias fizeram parte das programações da TV brasileira. Minisséries como "Memorial de Maria Moura", adaptada da obra da escritora, no ano de 94, ano este que marca sua estréia, na Rede Globo de Televisão.

Se 1930 marcou seu ingresso na literatura, o ano de 2003 fica registrado como o ano da sua saída do livro da vida. No ato simples do sertanejo de levar a vida, a escritora faleceu dormindo em sua rede, no dia 04 de novembro de 2003, na cidade do Rio de Janeiro. Rachel de Queiroz, a mulher que contava histórias passa a ser a história. Em Quixadá, onde passou boa parte da sua vida e escreveu seu primeiro livro de sucesso, foi criado um Centro Cultural em sua homenagem. A escritora deixou, além de todas as suas obras, patrimônio da humanidade, o livro “Visões: Maurício Albano e Rachel de Queiroz" com textos de sua autoria, ainda a ser publicado.


"[...] tento, com a maior insistência, embora com
tão precário resultado (como se tornou evidente), incorporar
a linguagem que falo e escuto no meu ambiente nativo à
língua com que ganho a vida nas folhas impressas. Não
que o faça por novidade, apenas por necessidade.
Meu parente José de Alencar quase um século atrás vivia
brigando por isso e fez escola."


Rachel de Queiroz


Fonte: Revista Central

terça-feira, 6 de abril de 2010

FANATISMO - Florbela Espanca

Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão de meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!

Não vejo nada assim enlouquecida…
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!

“Tudo no mundo é frágil, tudo passa…”
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!

E, olhos postos em ti, vivo de rastros:
“Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: princípio e fim!…”


Florbela Espanca
(1894 / 1930), batizada com o nome Flor Bela de Alma da Conceição, foi uma poetisa portuguesa. A sua vida de trinta e seis anos foi tumultuosa, inquieta e cheia de sofrimentos íntimos que a autora soube transformar em poesia da mais alta qualidade, carregada de erotização e feminilidade.

terça-feira, 30 de março de 2010

18 de maio de 2010

Atenção! Atenção!
Nosso primeiro Sarau de 2010 acontecerá no dia 18 de maio, terça-feira, às 10h.
Se você curte poesia, gosta de recitar, toca algum instrumento venha participar!

terça-feira, 2 de março de 2010

Os Poemas - Mário Quintana


OS POEMAS
Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam no livro que lês.
Quando fechas o livro,
eles alçam vôo como de um alçapão.
Eles não têm pouso nem porto;
alimentam-se um instante em cada
par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...

Mario Quintana - Esconderijos do Tempo

Boas vindas

Sejam bem-vindos ao Sarau Poético JK.